terça-feira, 24 de maio de 2011

Homenagem a Santa Sara


Santa Sara menina,
Santa Sara sua sina,
Santa Sara Maria, Ana,
Santa Sara canta,
Santa Sara dança,
Santa Sara criança,
Santa Sara sua manta
Me cobre com as águas
de amar repleto de bençãos.
Santa Sara sua saia,
Santa Sara seu giro,
Santa Sara minha mira, meu caminho.
Santa Sara meu lenço,
Santa Sara, bússola do meu vento,
Santa Sara meu pedido,
Santa Sara cura o coração sofrido,
Santa Sara clareia,
Santa Sara mareia,
Santa Sara ao mar, vamos lançar as velas
Para iluminar a nossa vida na vastidão estrelar dos céus.

Gesiane dos Dias Dourado

quinta-feira, 19 de maio de 2011

As Sensações




Tudo o que procuramos está em nós mesmos.Sentir,eis a chave!
Sentir é estabelecer siginificado. Usamos nossa percepção para poder montar uma representação interna, uma organização dos estímulos, de modo a fazer uma totalidade coerente do que expereciamos. Essa organização é feita de modo particular, único a cada individuo.
Às vezes,nós mesmos temos reações diferentes e inesperadas frente ao mesmo estímulo, ocasionadas pelos mais diferentes motivos.
A chave da libertação é o sentir, pois mantém o direito de pensar por nós mesmos. Só nós sabemos o que sentimos. O que sentimos é exclusividade nossa.
Na chance de percepção está também a chance de mudança. Um novo perceber leva a um novo sentir, e este, a um novo ser, um novo agir.
Por isso, responsabilidade é ter consciência de como nós pensamos, escolhemos, decidimos e assumimos. É ter consciência de que nós somos autocausados, isto é, o que pensamos gera a realidade a nossa volta, como agimos dentro se faz fora. Tudo começa e termina em nós mesmos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Dança Cigana


A dança cigana encanta e seduz. Além de ser a expressão cultural de um povo, é também um excelente exercício físico, pois além de perder calorias, aumenta a capacidade respiratória, melhora a postura e a coordenação motora. Além de trabalhar esses aspectos, a dança cigana também busca integrar a mente e as emoções ao corpo, para que este se torne mais saudável e equilibrado, proporcionando o autoconhecimento, a consciência corporal, a sociabilização, despertando  a feminilidade e a sensualidade, aumentando, assim a auto-estima.

Estudos relatam a origem da dança cigana na Índia. Por serem nômades, os ciganos foram incorporando à dança, ao longo do tempo, elementos e influências de vários lugares. Espanhóis, hindus, árabes e russos são alguns dos povos que deram sua contribuição à dança, por isso, a dança de um é completamente diferente da dança de outro clã. Essas misturas são percebidas não só no ritmo, mas nos acessórios usados pelos dançarinos. . Lenços, echarpes, xales, leques, pandeiros, fitas, flores, punhal, tochas são alguns dos acessórios que dão ainda mais charme aos movimentos corporais. Os elementos costumam ter forte simbolismo e geralmente representam energias da natureza ou traduzem mensagens. Uma única coisa não muda: ela tem o poder de envolver o coração e a alma tanto dos que dançam quanto dos que assistem.

A dança com o leque seduz, enquanto a do pandeiro é pura alegria! A dança do xale mostra toda a beleza da cigana, enquanto a do echarpe indica união, seja amorosa ou de amizade. Ver a cigana dançando entre lenços ou véu é de uma beleza incomparável, além de todos os instrumentos que a acompanha, como violinos, sanfonas, pandeiros e violões. Seus movimentos com as saias, bem rodadas, coloridas e enfeitadas, esbanjam liberdade, além de seu sorriso e olhar marcantes.

Normalmente, são as mulheres que buscam aprender os passos, algumas por questões de saúde, outras espirituais, e outras ainda como forma de terapia, para conhecimento da cultura, amor ao povo cigano. Os motivos que levam aos rodopios podem ser muitos, mas não há como negar: elas buscam se tornarem mais sensuais, pois a mulher cigana é muito sensual, logo a dança cigana desperta a sensualidade num piscar de olhos.

Na dança feminina, os movimentos são baseados da cintura para cima com mexidas de ombros, inclinação da cabeça, giro de punhos e mãos, postura ereta, braços à frente do corpo ou acima da cabeça e movimentos que completem sempre círculos, pois para os ciganos, a vida é um ciclo.

A dança cigana não exige muita técnica, pois os movimentos são uma tradução do que manda o coração. Ela permite que cada pessoa expresse sua singularidade de forma única e incomparável. Por isso, não possui contra indicações, sendo praticada inclusive por crianças e idosos, pois para o povo cigano não há idade para ser feliz!

Eliane F. Colombo
Professora de dança cigana e amante dessa cultura maravilhosa!
F.: 3412-4697 ou 8127-2176

Aulas no Spaço Hatha Yoga
Sextas-feiras das 19hs às 20hs.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O que é um Círculo de Mulheres?


“Círculos de Mulheres podem ser vistos como um movimento evolucionário e revolucionário que está escondido por trás de uma imagem aparente: parece ser apenas um grupo de mulheres reunidas, mas cada mulher e cada Círculo estará contribuindo para algo muito maior”
(Jean Shinoda Bolen, no livro: O Milionésimo Círculo)


 
A Dra. Jean Shinoda Bolen, M.D., analista junguiana, professora clinica de psiquiatria, feminista, ativista e autora do livro “O Milionésimo Círculo – Como transformar a nós mesmas e ao mundo”, disserta sobre a importância do poder e a força que as mulheres detém quando reunidas em círculos igualitários. Ela utiliza-se de uma linguagem poética e metafórica, explorando o lirismo, almejando assim, atingir pessoas sensíveis, que comunicam-se através da linguagem da alma.

O círculo é uma das imagens primordiais da humanidade, pois representa a totalidade completa. Em um círculo, todos os pontos giram em torno de um centro e estão à mesma distância dele, fato que confere a esse símbolo qualidades de igualdade e unidade.

Ele atua como um neutralizador de diferenças, além de promover um porto seguro de todas as mulheres que o compõem, servindo como centro de referência, agente de transformação, apoio e segurança, promovendo de forma intimista o descobrimento pessoal, revelando-se a si e ao outro.

Participar de um Círculo de Mulheres é uma experiência extremamente rica, desafiadora, e ter o sentimento de estar sendo amparada pela mão amiga que está do lado. É o desejo de caminhar em conjunto, “viver” outras vidas, permitir-se sentir novas emoções e sensações. Perceber-se. Compreender melhor a si mesma, para assim entrar em equilíbrio com seu corpo, mente e espírito.

O mais interessante é a conexão e a integração entre as mulheres que participam, e objetivam, através do apoio mútuo, evocar experiências pessoais compartilhando-as com as outras, e nesta troca, permitir dar outro significado a cada experiência.

Enfim, experienciar um Círculo é concretizar a experiência do uno, buscar a jornada do reencontro, do aprimoramento e da transcendência do Sagrado Feminino, anulando os preconceitos, as diferenças e a individualidade para vivenciar o coletivo.

Eliane F. Colombo
Renata X. de Faria

(inspirado em material cedido pela Escola das Deusas – Círculo de Mulheres: Divina Afrodite, realizado quinzenalmente na Cirandda da Lua – Espaço de Desenvolvimento Humano)